Cena do filme " A sociedade do Espetáculo"
Imagem e poder na sociedade contemporânea
"Nunca a tirania das imagens e a submissão alienante ao império da mídia foram tão fortes como agora. Nunca os profissionais do espetáculo tiveram tanto poder: invadiram todas as fronteiras e conquistaram todos os domínios da arte à economia, da vida, à política, passando a organizar de forma consciente e sistemática o império da passividade moderna".
Guy Debord
A primeira pergunta que podemos fazer é: qual sociedade estamos vivendo? Para o filósofo francês Debord, estamos vivendo a sociedade do consumo, estamos inseridos na sociedade do espetáculo. Espetáculo para o autor é a principal produção da sociedade atual, não é um conjunto de imagens, mas uma relação social entre pessoas, mediatizado por imagens. (p.14)
Com o avanço da mídia/ Industria Cultural aconteceram várias consequências na vida das pessoas em sociedade. A imagem, ela ocupa um novo espaço na sociedade, ela é investida de grande poder na sociedade contemporânea. Com o advento das imagens nas relações sociais o ser humano passou a ter um certo distanciamento pelo realismo concreto ou natural, ou seja, o que predomina agora são as representações pictóricas do que o contexto com as pessoas. As relações antes marcadas por pessoalidade as pessoas mais próximas umas das outras na sociedade do espetáculo essas relações mudam de configuração perdendo-se o contato social.
Constatamos na sociedade que estamos inseridos, uma necessidade de transformar em espetáculo todos os aspectos da vida, á exemplo as redes sociais como: Instagram, Facebook, entre outras. A aparência se põe a cima da existência, parecer é mais importante que ser.
Com efeito, pude entender que a sociedade do espetáculo diz
respeito a um período da sociedade capitalista, pois há uma mutualidade entre o
acúmulo de capital e o acúmulo de imagens. Com isso, consta em fazer da representação, que mostra algo mais real
que a experiência vivida, algo mais real do que nossas próprias necessidades,
limitando o indivíduo à condição de espectador passivo na política, na produção, e no consumo, na aceitação do estado de coisas existente.
Referência bibliográfica:
DEBORD,
Guy. A separação consolidada In: A
sociedade do espetáculo. Projeto Periferia. (e-book) - capítulo 1 (p. 13 -
27)
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